sexta-feira, 18 de junho de 2010
Papa nomeia bispo coadjutor para Caxias do Sul, cria a diocese de Salgueiro e nomeia seu primeiro bispo
O papa Bento XVI erigiu, nesta quarta-feira, 16, uma nova diocese no Brasil e nomeou seu primeiro bispo. Trata-se da diocese de Salgueiro, no Pernambuco, desmembrada das dioceses pernambucanas de Petrolina e Floresta.
O primeiro bispo da nova diocese será o frei Magnus Henrique Lopes, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, nomeado hoje pelo papa, que comunicou também a nomeação de dom Alessandro Ruffinoni como bispo coadjutor da diocese de Caxias do Sul (RS), transferindo-o da arquidiocese de Porto Alegre (RS).
Frei Magnus
Natural de Assu, no Rio Grande do Norte, frei Magnus nasceu no dia 31 de julho de 1965. Entrou para o Ordem dos Capuchinhos em 1988, cursando Filosofia na Faculdade de Filosofia do Recife e Teologia no Instituto Franciscano de Olinda. Foi ordenado padre no dia 21 de dezembro de 1996.
Com bacharelado em Psicologia pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió e mestrado em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana, em Roma, frei Magnus foi animador vocacional dos Capuchinhos do Nordeste, mestre de postulantes em Maceió, ecônomo em várias fraternidades da Província, vigário paróquia de diversas paróquias e vigário da Fraternidade Capuchinha de Maceió.
Atual guardião e ecônomo da Fraternidade do Convento Santo Antônio em Natal, frei Magnus foi também Definidor Provincial, ministro dos Capuchinhos do Brasil e diretor espiritual de diversos grupos, movimentos e pastorais.
Dom Alessandro
Ordenado bispo auxiliar de Porto Alegre em 17 de março de 2006, dom Alessandro nasceu em San Martino de'Calvi, na Itália, no dia 26 de agosto de 1943. Tem como lema episcopal: “Na Igreja ninguém é estrangeiro”.
Antes de ser ordenado bispo, dom Alessandro foi animador vocacional no Brasil e reitor em Guaporé (RS); diretor CIBAI em Porto Alegre; reitor na Ciudad Del Este, no Paraguai; pároco no Paraguai; diretor do Centro Missioneiro na Ciudad del Este; Vigário Geral na diocese de Ciudad del Este; Superior Provincial em Porto Alegre (RS) e coordenador da Pastoral dos Migrantes em Assunção, no Paraguai.
Conheça o primeiro bispo de Salgueiro
O guardião e ecônomo do Convento Santo Antônio, em Natal (RN), Frei Magnus Henrique Lopes, OFMCap, foi nomeado pelo Papa Bento XVI, na quarta-feira (16), o primeiro bispo da nova Diocese de Salgueiro, no alto sertão pernambucano. O anúncio foi feito pelo nomeado, acompanhado do arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, e do bispo de Nazaré (PE), Dom Frei Severino França, que também é capuchinho, na manhã de ontem, no Convento Santo Antônio, através da Rádio Rural de Natal e das emissoras da Diocese de Petrolina.
A ordenação do Dom Frei Magnus acontecerá dia 17 de setembro, às 19h, na Catedral Metropolitana de Natal. Ele escolheu como lema episcopal “Tudo posso naquele que me fortalece”, uma citação de São Paulo aos Filipenses. A posse, na recém-criada diocese de Salgueiro, será dentro de um mês após a ordenação.
Quem é o novo bispo
Frei Magnus nasceu em Assu (RN), em 31 de julho de 1965. Iniciou o Postulantado, na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em 1986, e o Noviciado, em 1988. Fez a primeira profissão religiosa, em 1989, e a profissão perpétua, em 19 de março de 1992, ambas em Natal. Foi ordenado presbítero, no dia 21 de dezembro de 1996, em Assu. É licenciado em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia do Recife; e em Teologia, pelo Instituto Franciscano de Teologia de Olinda (PE). Fez bacharelado e licenciatura em Psicologia, pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió. Depois, fez especialização em Psicologia Clínica Hospitalar.
Na vida religiosa e sacerdotal, o frade capuchinho também exerceu várias funções. As últimas foram a de Vice-presidente da Conferência dos Capuchinhos do Brasil – CCB, de 2001 a 2007; Diretor espiritual de diversos grupos, movimentos e pastorais, e desde agosto de 2009, está em Natal, onde é guardião e ecônomo da Fraternidade do Convento Santo Antônio, dos Frades Capuchinhos.
sábado, 15 de maio de 2010
1ª COPA DE FUTSAL CATÓLICO
É com grande alegria e entusiasmo que nós “seminaristas” do Seminário São José da Diocese de Petrolina, estamos realizando a I Copa São José de Futsal Católico, que acontecerá no dia 19 de junho das 07h00 ás 17h00 no Centro de Educação Física ao lado do DETRAN.
Contamos desde já com a presença dos jovens desta paróquia neste torneio que será também uma forma de evangelizar a nossa juventude.
Estamos também enviando uma ficha de inscrição e o regulamento de como será o torneio, qualquer dúvida procurar os seminaristas Leandro, Francisco e João Paulo, no Seminário São José.
Que Deus abençoe está paróquia
Equipe de Esportes Seminário São José
REGULAMENTO
O torneio acontecerá no dia 19 de junho (sábado) no Centro de Educação Física ao lado do DETRAN, das 07H00 ás 17h00.
Cada time deve ser composto de 10 jogadores.
A idade para participar do torneio é de 14 a 25 anos.
Cada time contribuirá com uma taxa de R$ 25,00 para as despesas do torneio.
Os times deve estar todos uniformizados e os jogadores devem jogar calçados.
O jogo terá duração de 10 minutos cada tempo.
O torneio será no estilo “mata-mata”, quem perder será eliminado.
Coso saia empate o jogo, será decidido nos pênaltis.
A data de pagar a taxa e apresentar a inscrição com o nome dos jogadores do time é até 12 de junho.
Dia 18 de junho será o soteio para saber quem enfrentar quem e que horário jogará.
A premiação será de um troféu e medalhas para o time campeão, e medalhas para o vice-campeão.
Haverá premiação para o melhor artilheiro do torneio.
Haverá também uma premiação para a torcida maior, e mais organizada e animada.
Qualquer duvida ligar para os seminaristas:
Leandro: 8805-3227
Francisco: 8808-7042
João Paulo: 8805-7092
terça-feira, 11 de maio de 2010
Bispos jubilandos são lembrados em missa da Assembleia da CNBB
Um grupo de 51 bispos comemora, neste ano, o jubileu de sua ordenação presbiteral ou episcopal. As datas variam. Alguns completam 25 anos de ordenação presbiteral, outros 50 ou 60. Há, ainda, os que celebram 25 anos de ministério episcopal como o nosso bispo aqui da Diocese de Petrolina Dom Frei Paulo Cardoso que no ultimo dia 19 de março completou 25 anos de ordenação episcopal. Todos foram lembrados na missa da 48ª Assembleia da CNBB, nesta terça-feira, 11, no Santuário Dom Bosco, em Brasília (DF).
“Quantos apóstolos, hoje, aqui, nesta feliz recordação de uma vida inteiramente consagrada ao Senhor!”, disse o bispo emérito de Floriano (PI), dom Augusto Alves da Rocha, que presidiu a celebração. “Bem poderia cada um descrever sua trajetória permeada de suor, de sangue, de aflições, de incompreensões, de golpes às vezes partidos de quem está mais perto”, acrescentou.
Dom Augusto, um dos que completou 50 anos de ordenação presbiteral, agradeceu e elogiou a “profética” CNBB. “Que bênção a nossa Conferência com suas assembléias bem planejadas, abrangentes, em tantos momentos verdadeiramente profética!”.
A 48ª Assembleia da CNBB, que começou na terça-feira, 4, reúne 313 bispos e discute vários temas como a Palavra de Deus, Comunidades Eclesiais de Base, Ecumenismo, Questão Agrária, Programa de Direitos Humanos, Abusos Sexuais na Igreja, Momento Político. Até quinta-feira, 13, dia de encerramento da reunião, várias declarações deverão ser aprovadas pelos bispos.
Assembleia aprova continuidade das atuais diretrizes da evangelização
As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), em vigor até a próxima assembleia da CNBB, serão prorrogadas por mais quatro anos, a partir de 2011. A proposta, apresentada pela Comissão responsável pela condução deste tema, foi aprovada por 161 votos, contra 102 que queriam a elaboração de novas diretrizes.
Segundo o secretário da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, mesmo sendo prorrogadas, as atuais DGAE receberão acréscimos e emendas a partir de novos documentos publicados nos últimos anos. A Comissão presidida pelo arcebispo de São Luís do Maranhão, dom José Belisário da Silva, continuará trabalhando na atualização do Documento que será apresentado à 49ª Assembleia da CNBB, no ano que vem.
As Diretrizes são um documento que serve de base para as dioceses elaborarem seus planos de pastoral e dá as linhas da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, buscando a unidade e a comunhão pastoral. Elaboradas a cada quatro anos, são aprovadas nas assembleias em que é eleita a Presidência da CNBB, a quem cabe acompanhar a aplicação do documento.
Tem início a viagem do Santo Padre a Portugal
"Contigo caminhamos na esperança". É com este lema que na manhã de hoje, 11, teve início a viagem do papa Bento XVI a Portugal. Já no aeroporto internacional Portela, de Lisboa, o Papa foi recebido pelo Núncio Apostólico de Portugal, arcebispo Rino Passigato, e pelo chefe de protocolo do Estado, embaixador Bouza Serrano.
Na saída da aeronave, o Pontífice foi conduzido à tribuna, onde o esperavam o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva e a Primeira-Dama, Maria Cavaco Silva, para além do Cardeal-Patriarca de Lisboa, dom José Policarpo.
Um coro formado por 30 crianças da Academia de Santa Cecília deu as boas-vindas a Bento XVI, cantando o hino oficial da visita.
Em seu discurso, o Papa se declarou honrado e agradecido pelo acolhimento, saudando todos os portugueses, independentemente da sua fé e religião: "Venho como peregrino de Nossa Senhora de Fátima, investido pelo Alto na missão de confirmar os meus irmãos que avançam na sua peregrinação a caminho do Céu".
Em seguida, Bento XVI falou dos laços que unem o povo português ao Sucessor de Pedro, que se reforçou ainda mais com as aparições de Nossa Senhora em Fátima. "A Virgem Maria veio do céu para nos recordar verdades do Evangelho que são para a humanidade, fria de amor e desesperada de salvação, fonte de esperança. A visita, que agora inicio sob o signo da esperança, pretende ser uma proposta de sabedoria e de missão."
Por fim, recordando que a Igreja se situa na história, o Papa reiterou que a Igreja está aberta a colaborar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da vida. "Viver na pluralidade de sistemas de valores e de quadros éticos exige uma viagem ao centro de si mesmo e ao cerne do cristianismo para reforçar a qualidade do testemunho até a santidade, inventar caminhos de missão até a radicalidade do martírio."
E concluiu confiando a Nossa Senhora de Fátima, "imagem sublime do amor de Deus que a todos abraça como filhos", todos os habitantes da "nobre e dileta" nação portuguesa.
Comitiva
O Papa é acompanhado por uma comitiva de 29 pessoas, incluindo o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, o cardeal português José Saraiva Martins, e o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Bento XVI deixou o local no “papamóvel”, seguindo para a Nunciatura Apostólica, onde permaneceu por poucos minutos.
De lá, seguiu para o Mosteiro dos Jerônimos, onde foi realizada a cerimônia de boas-vindas, com a execução dos hinos de Portugal e da Santa Sé, salvas de canhão e honras militares. Acompanhado pelo Patriarca, o pontífice visitou brevemente o Mosteiro, se detendo em oração na antiga igreja de Santa Maria de Belém.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
NOMEADO O NOVO BISPO PARA A DIOCESE DE BREJO, NO MARANHÃO
O atual pároco da paróquia Nossa Senhora da Graça, em Arari (MA), padre José Valdeci Santos Mendes é o novo bispo da diocese de Brejo, no Maranhão. A nomeação foi divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo papa Bento XVI. O novo bispo sucederá a dom Valter Carrijo, cuja renúncia foi aceita pelo papa em conformidade com o Cânon 401 parágrafo 1º, que determina a renúncia do bispo ao completar 75 anos.
Maranhense de Coroatá, padre José Valdeci, 48, estudou filosofia e teologia no CETEMA, hoje, Instituto de Ensino Superior do Maranhão (IESMA). Com licenciatura plena em filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, o novo bispo tem especialização em bíblia pelo Instituto de Estudos Superiores da Companhia de Jesus, em Belo Horizonte (MG).
Ordenado padre pela diocese de Coroatá em 11 de setembro de 1994, padre José Valdeci foi vigário paroquial e, posteriormente, pároco das paróquias de São Mateus (1994 a 2001) e da paróquia Nossa Senhora da Conceição em Alto Alegre (MA) de 1995 a 2001). É pároco da paróquia Nossa Senhora da Graça desde 2009.
Padre José Valdeci é membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores da diocese de Coroatá, assessor diocesano da pastoral familiar, reitor do Seminário Maior Nossa Senhora da Piedade e coordenador diocesano de pastoral.
A CNBB, por meio de sua assessoria de imprensa, agradece a dom Valter seu trabalho pastoral na diocese de Brejo e saúda o novo bispo, desejando-lhe frutuoso ministério nesta nova missão que lhe é confiada pelo papa Bento XVI.
DOM ERWIN REAFIMA QUE "BATALHA JUDICIAL" SOBRE BELO MONTE ESTÁ APENAS COMEÇANDO
“O assunto sobre Belo Monte não está encerrado. O leilão foi uma soma de absurdos e a batalha judicial está apenas começando”. A afirmação é do bispo prelado do Xingu (PA), e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) dom Erwin Krautler, sobre o leilão da Usina de Belo Monte, que aconteceu no dia 20 de abril e soou como o pontapé inicial para a instalação da hidrelétrica no Xingu.
O bispo vê o processo judicial e o leilão da usina como mais um estágio para o prolongamento da discussão sobre o projeto. De acordo com ele, as liminares que foram cassadas para possibilitar o leilão tiveram como argumento primordial o artigo 166, parágrafo 1º, da Constituição Federal, que, para o aproveitamento de recursos hídricos em áreas indígenas, existe uma legislação específica. Ele afirmou que essa legislação não existe. “O Congresso nunca falou sobre esse assunto. Nós entendemos que o leilão e o próprio processo da hidrelétrica por esse elemento desde a raiz é podre. Fere a Constituição porque os povos indígenas não foram ouvidos”.
Ao longo das discussões em torno da obra, deveria ter acontecido 27 audiências públicas que se resumiram apenas em duas com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Nos encontros, o presidente prometeu ao bispo “não empurrar o projeto goela abaixo”, mas dom Erwin encara as reuniões como “meros encontros para cumprir o ritual”. “Posso constatar que eles estão empurrando o projeto goela abaixo sim, pois o mesmo presidente que me falou isso agora diz que o projeto tem que sair de qualquer jeito.
Dom Erwin disse lamentar a posição do governo em levar adiante o projeto da construção da usina de Belo Monte, sem rever os problemas que a obra vai causar à região do Xingu. “É um projeto que vai afetar diretamente as populações indígenas porque a água será cortada. Sem água eles (indígenas e ribeirinhos) não terão como sobreviver. Altamira, um dos municípios atingidos tem atualmente 100 mil habitantes e 30 mil atingidos pela hidrelétrica”.
Segundo dom Erwin, a falta de diálogo com os indígenas e ribeirinhos é um grande problema por desconsiderar a sua presença na região onde será desenvolvido o projeto. “O povo indígena e ribeirinho apenas recebeu a mensagem de que na região do Xingu iria ser construída uma hidrelétrica de imensas conseqüências imprevisíveis e, uma vez construída, irrecuperáveis”.
O discurso do governo, segundo o bispo do Xingu, é de que “haverá uma solução para os indígenas e ribeirinhos, mas quando perguntamos qual será a solução, eles emendam sem revelar os detalhes”, enfatizou o bispo. Dom Erwin realça que o problema não será a inundação das terras indígenas, mas as conseqüências da obra para as populações que vivem do Rio Xingu. “Esses são os grandes erros que estão sendo omitidos pelo governo”, pontuou dom Erwin.
Além da Igreja e entidades nacionais, movimentos internacionais trabalham em defesa da construção da usina de Belo Monte. Dom Erwin acredita que a movimentação internacional tem como função chamar a atenção da comunidade internacional para a importância da Amazônia para o planeta. “A Amazônia é uma grande responsabilidade do Brasil, mas tem suas repercussões, também, para além das fronteiras brasileiras. É por isso que é importante a manifestação das comunidades internacionais”, completou.
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 44º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
"O SACERDOTE E A APSTORAL NO MUNDO DIGITAL: AS NOVAS MIDIAS A SERVIÇO DA PALAVRA"
[DOMINGO, 16 DE MAIO DE 2010]
O tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais – “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra” – insere-se perfeitamente no trajeto do Ano Sacerdotal e traz à ribalta a reflexão sobre um âmbito vasto e delicado da pastoral como é o da comunicação e do mundo digital, que oferece ao sacerdote novas possibilidades para exercer o seu serviço à Palavra e da Palavra. Os meios modernos de comunicação fazem parte, desde há muito tempo, dos instrumentos ordinários através dos quais as comunidades eclesiais se exprimem, entrando em contacto com o seu próprio território e estabelecendo, muito frequentemente, formas de diálogo mais abrangentes, mas a sua recente e incisiva difusão e a sua notável influência tornam cada vez mais importante e útil o seu uso no ministério sacerdotal.
A tarefa primária do sacerdote é anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e comunicar a multiforme graça divina portadora de salvação mediante os sacramentos. Convocada pela Palavra, a Igreja coloca-se como sinal e instrumento da comunhão que Deus realiza com o homem e que todo o sacerdote é chamado a edificar n’Ele e com Ele. Aqui reside a altíssima dignidade e beleza da missão sacerdotal, na qual se concretiza de modo privilegiado aquilo que afirma o apóstolo Paulo: «Na verdade, a Escritura diz: “Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido”. […] Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão de invocar Aquele em quem não acreditam? E como hão de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão de pregar, se não forem enviados?» (Rm 10,11.13-15).
Hoje, para dar respostas adequadas a estas questões no âmbito das grandes mudanças culturais, particularmente sentidas no mundo juvenil, tornaram-se um instrumento útil as vias de comunicação abertas pelas conquistas tecnológicas. De fato, pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” (1 Cor 9,16). Por conseguinte, com a sua difusão, não só aumenta a responsabilidade do anúncio, mas esta torna-se também mais premente reclamando um compromisso mais motivado e eficaz. A este respeito, o sacerdote acaba por encontrar-se como que no limiar de uma «história nova», porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao serviço da Palavra.
Contudo, a divulgação dos “multimídia” e o diversificado «espectro de funções» da própria comunicação podem comportar o risco de uma utilização determinada principalmente pela mera exigência de marcar presença e de considerar erroneamente a internet apenas como um espaço a ser ocupado. Ora, aos presbíteros é pedida a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas «vozes» que surgem do mundo digital, e anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese.
Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios – adquirido já no período de formação – com uma sólida preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte, alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor. No impacto com o mundo digital, mais do que a mão do operador dos media, o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da «rede».
Também no mundo digital deve ficar patente que a amorosa atenção de Deus em Cristo por nós não é algo do passado nem uma teoria erudita, mas uma realidade absolutamente concreta e atual. De fato, a pastoral no mundo digital há de conseguir mostrar, aos homens do nosso tempo e à humanidade desorientada de hoje, que «Deus está próximo, que, em Cristo, somos todos parte uns dos outros» [Bento XVI, Discurso à Cúria Romana na apresentação dos votos de Natal: «L’Osservatore Romano» (21-22 de Dezembro de 2009) pág. 6].
Quem melhor do que um homem de Deus poderá desenvolver e pôr em prática, mediante as próprias competências no âmbito dos novos meios digitais, uma pastoral que torne Deus vivo e atual na realidade de hoje e apresente a sabedoria religiosa do passado como riqueza donde haurir para se viver dignamente o tempo presente e construir adequadamente o futuro? A tarefa de quem opera, como consagrado, nos media é aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era «digital», os sinais necessários para reconhecerem o Senhor; dando-lhes a oportunidade de se educarem para a expectativa e a esperança, abeirando-se da Palavra de Deus que salva e favorece o desenvolvimento humano integral. A Palavra poderá assim fazer-se ao largo no meio das numerosas encruzilhadas criadas pelo denso emaranhado das auto-estradas que sulcam o ciberespaço e afirmar o direito de cidadania de Deus em todas as épocas, a fim de que, através das novas formas de comunicação, Ele possa passar pelas ruas das cidades e deter-se no limiar das casas e dos corações, fazendo ouvir de novo a sua voz: «Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo» (Ap 3, 20).
Na Mensagem do ano passado para idêntica ocasião, encorajei os responsáveis pelos processos de comunicação a promoverem uma cultura que respeite a dignidade e o valor da pessoa humana. Este é um dos caminhos onde a Igreja é chamada a exercer uma “diaconia da cultura” no atual «continente digital». Com o Evangelho nas mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo também de continuar a preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, não descurando uma atenção particular por quem se encontra em condição de busca, mas antes procurando mantê-la desperta como primeiro passo para a evangelização. Efetivamente, uma pastoral no mundo digital é chamada a ter em conta também aqueles que não acreditam, caíram no desânimo e cultivam no coração desejos de absoluto e de verdades não caducas, dado que os novos meios permitem entrar em contacto com crentes de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas. Do mesmo modo que o profeta Isaías chegou a imaginar uma casa de oração para todos os povos (cf. Is 56,7), não se poderá porventura prever que a internet possa dar espaço – como o «pátio dos gentios» do Templo de Jerusalém – também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido?
O desenvolvimento das novas tecnologias e, na sua dimensão global, todo o mundo digital representam um grande recurso, tanto para a humanidade no seu todo como para o homem na singularidade do seu ser, e um estímulo para o confronto e o diálogo. Mas aquelas apresentam-se igualmente como uma grande oportunidade para os crentes. De fato nenhum caminho pode, nem deve, ser vedado a quem, em nome de Cristo ressuscitado, se empenha em tornar-se cada vez mais solidário com o homem. Por conseguinte e antes de mais nada, os novos media oferecem aos presbíteros perspectivas sempre novas e, pastoralmente, ilimitadas, que os solicitam a valorizar a dimensão universal da Igreja para uma comunhão ampla e concreta; a ser no mundo de hoje testemunhas da vida sempre nova, gerada pela escuta do Evangelho de Jesus, o Filho eterno que veio ao nosso meio para nos salvar. Mas, é preciso não esquecer que a fecundidade do ministério sacerdotal deriva primariamente de Cristo encontrado e escutado na oração, anunciado com a pregação e o testemunho da vida, conhecido, amado e celebrado nos sacramentos sobretudo da Santíssima Eucaristia e da Reconciliação.
A vós, queridos Sacerdotes, renovo o convite a que aproveiteis com sabedoria as singulares oportunidades oferecidas pela comunicação moderna. Que o Senhor vos torne apaixonados anunciadores da Boa Nova na «ágora» moderna criada pelos meios atuais de comunicação.
Com estes votos, invoco sobre vós a proteção da Mãe de Deus e do Santo Cura d’Ars e, com afeto, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – de 2010.
BENEDICTUS PP. XVI
segunda-feira, 26 de abril de 2010
ORDENAÇÃO PRESBITERAL DO DIAC, JOSE NILTON
“Novas fronteiras da Pascom” é tema de seminário de comunicação na arquidiocese de Olinda e Recife
Com o tema “Novas fronteiras da Pastoral da Comunicação: diretrizes e propostas de atuação”, foi realizado nos dias 23 e 24, no Colégio São José, o I Seminário Arquidiocesano de Comunicação do Arcebispado de Olinda e Recife. O evento foi realizado por meio da parceria entre a Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, a Educação e a Comunicação Social e as Irmãs Paulinas.
O encontro teve início com a apresentação de dança cultural do grupo Corpos e Tambores, que faz parte do Movimento Pró-Criança, uma entidade sem fins lucrativos, ligada à arquidiocese. Após apreciarem a diversidade dos ritmos pernambucanos, as pessoas participaram da Conferência de Abertura do evento presidida pela assessora do Setor de Comunicação da CNBB, irmã Élide Fogolari.
A assessora explicou que é preciso entender o que significa Pastoral da Comunicação não como um bloco único, mas de forma separada. Assim, será possível perceber que elas se complementam. “Pastoral é toda a ação que muda o modo de pensar, ver e agir de quem está sendo pastorado pelo anúncio da Palavra do Reino de Deus.” E acrescentou: “A comunicação faz parte da vida do homem. Ela é uma necessidade social.”
Irmã Élide apresentou dois tipos de comunicação: a linear e a dialógica. A primeira é uma forma autoritária de anúncio. Ela é feita de forma vertical, centralizada e unidirecional. Já a dialógica, é dinâmica e interativa. Provoca igualdade, amor e justiça. Além disso, a assessora deu direcionamentos para que as Pastorais da Comunicação possam ser implantadas com sucesso.
Na manhã do sábado, 24, os integrantes das Pastorais da Comunicação paroquiais escolheram entre quatro oficinas (Internet, Produção de Programas Radiofônicos, Jornal Impresso e Comunicação e Liturgia) para aprofundar o conhecimento na área e vivenciar novas experiências. O primeiro passo foi dado: motivar agentes da pastoral a implantar ou aperfeiçoar a comunicação nas suas comunidades eclesiais. Em quase 100 anos da arquidiocese de Olinda e Recife, este é o primeiro Seminário de Comunicação, mas segundo a Irmã Élide Fogolari este fato não deve ser visto como algo negativo, pelo contrário é motivo de esperança.
O seminário terminou com a apresentação das propostas para o fortalecimento do Setor de Comunicação da Arquidiocese. Alguns participantes fizeram sugestões entre elas: formação na área de comunicação para o clero, capacitação voltada para novas mídias, divulgação dos programas de rádio católicos no site da arquidiocese e durante as missas. A Comissão Arquidiocesana de Comunicação, presidida pelo padre Luciano Brito, propôs a articulação das Pastorais da Comunicação Paroquiais através de reuniões e encontros de formação.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Bento XVI nomeia dom Sebastião Bandeira, bispo coadjutor da diocese de Coroatá
O papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 6, dom Sebastião Bandeira Coelho, 50 anos, para assumir a diocese de Coroatá (MA), como bispo coadjutor. O pontífice atendeu ao pedido de dom Reinaldo Pünder, de poder contar com a colaboração de um coadjutor. Até então, dom Sebastião Bandeira era bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus (AM).
Dom Sebastião Bandeira
Nascido em Riachão (MA), dom Sebastião, foi nomeado bispo em 22 de dezembro de 2004, ordenado em 12 de março de 2005 e desde 18 de março de 2005 é auxiliar na arquidiocese de Manaus, onde era responsável pela Dimensão Bíblico-Catequética, no Regional Norte 1 da CNBB [Roraima e parte do Amazonas]. Seus estudos filosóficos e teológicos foram feitos no Instituto de Ciências Religiosas de Fortaleza (CE). Seu mestrado em Teologia Dogmática foi feito entre os anos 1997 a 1998, na Universidade Gregoriana de Roma. Seu lema episcopal é “Comunhão e Esperança”.
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