sexta-feira, 6 de novembro de 2009

SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO




“Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.” (Jo 8,11b)

O Sacramento da Reconciliação ou Penitência (popularmente chamado de confissão) foi criado pelo próprio Jesus. Ele confiou à Igreja, nascida dele e do Espírito Santo, o encargo de perdoar ou não os pecados da humanidade, segundo o que ele disse a Pedro, o chefe dos apóstolos: Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados (Jo 20,23). O Sacramento da Reconciliação, ou Penitência, é assim chamado porque nos reconcilia não só com Deus, mas também com a comunidade eclesial e consigo mesmo. É o sacramento pelo qual recebemos o perdão espiritual de Deus pelos pecados cometidos depois do Batismo.

Como membros do corpo de Cristo, tudo quanto fazemos influencia todo o corpo (por ex. quando você machuca o dedo, ou tem dor de dente, não é todo corpo que sente?). O pecado fere e enfraquece o Corpo de Cristo; a cura que alcançamos na Penitência restaura a saúde e a energia tanto da Igreja como de nós mesmos. Quando alguém se desvia do amor de Deus ou o abandona, o dano recai sobre o pecador.

Tem muita gente que não se confessa. Muitos têm medo de se confessar. Outros inventam uma série de desculpas. Outros ainda não fazem uma boa confissão, omitindo conscientemente certas coisas, e isso pode piorar sua condição espiritual.

Há pessoas que têm medo de se confessar porque o padre as conhece e pensam assim “com que cara vou ficar quando encontrar o padre na rua ou em outro lugar? O que ele vai pensar de mim?”. Bem, o padre tem obrigação de guardar segredo. Aquilo que é contado na confissão não pode sair de lá. E o padre não faz o papel do xereta que se alegra em saber das suas fraquezas. Ele tem obrigação de esquecer aquilo que ouviu em confissão.

A palavra “confessar” significa “anunciar”, “proclamar”, “professar”. Anunciar o quê? Anunciar que o amor de Deus é mais forte do que o mal que se cometeu. Aquele que se confessa está fazendo sua profissão de fé no perdão de Deus. Portanto, confessar-se não é tanto aborrecer-se com o mal praticado, mas sentir a alegria de receber de novo o abraço do Pai que perdoa e salva.

O que é necessário para ser eficaz numa confissão?

a) Exame de consciência, relembrar de todos os pecados que cometeu, se possível fazer uma lista, para que não se deixe passar nenhum;

b) Ter um verdadeiro arrependimento (atrição ou contrição);

c) Propósito de não recair no pecado e de evitar as circunstâncias que o favoreçam;

d) Confessar-se sem omitir nada;

e) Cumprir a penitência estabelecida pelo confessor.

O que é confissão? Não é conselho, nem desabafo, nem dizer o que faz de bom, nem falar dos pecados dos outros, mas confessar-se é dizer a Deus – de que o padre é representante - as próprias faltas.

A absolvição é o gesto sacramental da reconciliação. O gesto sacramental do batismo é derramar água; o da confirmação é ungir; o da reconciliação é traçar uma cruz sobre quem está se confessando. Enquanto faz esse gesto o padre pronuncia a fórmula: “Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. É bom lembrar que não é um gesto mágico. Para que haja verdadeira absolvição torna-se necessário o arrependimento, acompanhado da conversão.

Em sua opinião, quais são as dificuldades que se encontra para confessar (medo falta de fé, falta de tempo, falta de padres)?

Adaptado de: BORTOLINI, J. Os Sacramentos em sua vida. São Paulo: Paulus, 1981.

Um comentário:

Anônimo disse...

Comodismo e vergonhaa de se acusar.
Mas também faltaa de oportunidade.
Acho que se as pessoaas entendessem que a confissao é um ato de amor de Jesus Cristo seria mais fáci8l. De quando em quando seria bom o sacerdote lembraar isso aos fiéis. Sei que a vida dos pastores é dificil também.